20 fevereiro 2017

[Resenha] A festa de Babette



          Um conto com cerca de 70 páginas da autora Karen Blixen, nos leva em uma viajem para a Noruega, um fiorde chamado Berlevaag, onde encontramos uma pequena cidade com casas coloridas. Em uma casa amarela moram duas senhoras idosas Martine e Philippa, caso os nomes não sejam estranhos a vocês, talvez seja porque seus nomes foram dados em homenagem a Martinho Lutero e Philipp Melanchthon.
          Elas eram filhas de um líder religioso local um deão e profeta, essa religião pregava aos membros renunciar os prazeres desse mundo, sendo assim as duas foram criadas para ser o braço direito e esquerdo do pai.
          Lorens Loewenhiehn um jovem de carreira militar visitando sua tia, avista Martine ao qual ele se interessa. Temos miolo da hitória eeee ele começa a frequentar a casa e conversar com o deão, mas dá o tempo de voltar para a carreira militar e ele não teve coragem de se declarar.
           Achille Papin é um outro estrangeiro que chega a Berlevaag, um cantor de Ópera vindo de Paris, após saber dos encantos dos fiordes da Noruega acaba passando para visitar o povoado. Outro detalhe de miolo de história e ele conhece Philippa cantando na igreja, nela ele vê uma grande voz capaz de completar a dele e ganhar a França.
           Ele convence o deão a permitir que Philippa tenha aulas de canto com ele, mas um belo dia ele acaba beijando a moça e ela decide interromper as aulas.
          15 anos se passam, o deão já é falecido e chega até a casa das duas irmãs uma moça com uma carta de recomendação, está é Babette uma rebelde que perdeu toda a família e que conseguiu fugir de ser presa por pouco, a carta ainda relatava como uma observação que ela sabia cozinhar.
          Babette aos poucos ganha a confiança do povoado, até que um belo dia recebe uma carta comunicando que o bilhete de loteria dela, da época que morava na França havia sido sorteado e ela ganhara 10'000. Com isso todos começam a achar que ela partiria de volta a sua terra natal agora que a guerra civil havia terminado.
          Uma comemoração começa a ser planejada para comemorar o aniversário de 100 anos do falecido deão e uma surpresa pega as irmãs quando Babette pede para montar um jantar a moda francesa e com seu dinheiro. As duas irmãs acabam permitindo, achando que era uma despedida de Babette.
          É incrível os detalhes sobre essa preparação para o jantar e o que a população começou a achar da estrangeira Babette, em um trecho chegam a achar que ela é uma bruxa e o ajudante que ela conseguiu seu demônio.
          O dia do jantar chega, 12 pessoas se reúnem para a comemoração com um pacto de comer seja lá o que for servido sem comentários. O que acontece? Experimentam os mais diversos sabores e sensações a ponto de se sentirem de volta a infância (nunca pensei que teria vontade de comer sopa de tartaruga, mas depois disso me deixou com a boca cheia d'água).
          Nessa altura do conto já quase se finalizando que determinada desconfiança do leitor sobre quem é Babette se esclarece pela própria boca dela. 
          Não vou contar porque vocês precisam ler o conto, é rápido de ser lido e super vale a pena apreciar a grande artista.



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